Vamos começar a nossa jornada
contando um pouco da história da sexualidade humana, analisando cada aspecto
positivo e negativo, de como ela foi manipulada e conduzida ao longo de
milhares de anos, os propósitos dessa manipulação, revelando um pouco da
verdade por trás disso tudo.
E quando se trata de sexualidade
e religião, estamos falando de duas coisas que sempre se comportaram como água
e óleo: nunca se misturaram! Ou, melhor
dizendo, nunca se entenderam. Mas
estamos caminhando agora para um futuro onde isso tudo vai mudar.
Nosso corpo foi construído para
sentir prazer de várias formas, seja se alimentando, ouvindo música, dançando,
abraçando, beijando. E o grande
propósito disso se resumia a garantir a sobrevivência da espécie, uma vez que
ninguém iria deixar de fazer algo que fosse prazeroso, que lhe desse plena
satisfação e alegria. Ninguém deixaria
de comer uma vez que essa se constituísse uma atividade que lhe garantisse
felicidade.
O Ser Humano foi projetado para
ser feliz, para encontrar felicidade em qualquer atividade que lhe garantisse a
vida, e isso certamente sempre incluiu o sexo, a união do masculino com o feminino
com o intuito da reprodução, da perpetuação da espécie. Logo, a união dos sexos sempre constituiu
algo sagrado, Divino!
Então por que considerar algo de
ordem Divina um pecado?
Para a religião católica
principalmente, o sexo sempre foi considerado algo proibido, um pecado em sua
essência. Algo sujo, condenável. E todas as outras religiões que se seguiram
ao catolicismo acompanharam essa tendência de repressão a qualquer atividade
sexual. Mesmo o Budismo considera o sexo
um “desperdício de energia”!
Mas por quê?
Uma das razões seria uma
tentativa da igreja de manter o controle sobre a reprodução de toda a população
mundial, uma vez que incutindo medo e culpa ao ato sexual levaria as pessoas a
temer o ato em si. Afinal de contas,
ninguém queria queimar no fogo do inferno por estar tendo prazer sem a
autorização de Deus! E assim a igreja
instituiu o casamento e o batismo, não só com o intuito de controlar as
relações humanas, mas também como uma forma de ganhar dinheiro, cobrando pelas
cerimônias.
A verdade é que a dita “Santa
Igreja Católica”, e qualquer outra forma de controle religioso, independente de
qual corrente religiosa pertença, sempre foi um empreendimento, um governo em
si, que durante muitos anos exerceu controle sobre as vidas das pessoas, usando
a fé e a ignorância do povo mundial para controlar suas vidas, uma vez que eles
eram a autoridade máxima, os únicos que poderiam representar Deus na Terra,
através de seus representantes treinados e certificados pelo Vaticano, seja pelo
Santo Papa, a autoridade máxima religiosa católica, ou qualquer outra
autoridade de igreja, seja ela evangélica, luterana, batista, etc.. Sempre alegaram fazer tudo em nome de Jesus,
mas este nunca foi devidamente representado neste planeta. Afinal de contas, devemos considerar que o
próprio Jesus de Nazaré desafiava e questionava os sacerdotes de sua época,
denunciando toda a hipocrisia do meio, com todos os seus rituais e leis.
Mas sempre houve outro lado da
moeda, que explica melhor toda a razão dessa dominação e controle pelas Igrejas
e Religiões.
O Tantra, uma antiga filosofia
surgida na Índia a mais de cinco mil anos atrás, já cuidava de tratar o sexo de
outra forma. Essa filosofia nos diz que
a vida é feita de energia, e que essa energia não deve ser reprimida, mas
conduzida, e deve fluir livremente.
Todos nós somos parte dessa energia que existe a nossa volta, e a
filosofia nos ensina a fazer uso dessa energia, a contemplá-la e
usufruí-la! Trata-se de uma filosofia
que prega a nossa unicidade com a grande Fonte criadora, Deus Pai e Deusa Mãe,
tratando a grande Divindade como dois polos de uma mesma força criadora, mas
que são necessários para garantir a criação.
Uma vez que somos todos energia, e vivemos em conjunção com a grande
Fonte criadora, é claro que somos Deuses em sua concepção, pois existimos para
sermos instrumentos da grande criação universal, e isso certamente inclui os
rituais sexuais! Logo, o sexo é visto de
uma forma em que, de acordo com o direcionamento dado a energia sexual em um
intercurso masculino/feminino, isso pode conduzir a um contato direto com a
Fonte. Portanto, de acordo com a
filosofia Tântrica, o sexo é uma expressão de religiosidade, e o orgasmo, sendo
uma expressão da energia Kundalini, é algo sagrado que nos conecta diretamente
com a Divindade.
Ora, é óbvio que a Igreja, para
garantir seu controle sobre a população mundial e manipulá-la como deveria, não
poderia permitir uma expressão livre da sexualidade como essa, uma vez que isso
garantiria a morte de toda a instituição da Santa Igreja Católica! Afinal de contas, se podemos ter contato
direto com Deus, mesmo dentro da expressão da nossa própria sexualidade, para
que serve a Igreja?!
E é isso que está sendo resgatado
agora para a Nova Humanidade da Nova Era que se inicia. Ela atualmente passa
por um processo de despertar, onde todos estão finalmente compreendendo que
Deus se encontra dentro de cada um de nós, e não externamente, e a sexualidade
humana começará a ter sua expressão sagrada resgatada de forma plena e total.
Para concluir, vale dizer também
que essa expressão sagrada da sexualidade humana vale para heterossexuais,
homossexuais, bissexuais e qualquer outra categoria de relacionamento sexual,
seja humano ou não, que venha a existir no futuro. Pois a verdade é que essa grande energia da
qual trata a filosofia Tântrica tem um nome, e se chama “Amor Incondicional”! O Universo é todo formado pela grande energia
do Amor, e isso é tudo que importa para a Grande Criação.