domingo, 23 de outubro de 2016

Sexualidade e Religião



Vamos começar a nossa jornada contando um pouco da história da sexualidade humana, analisando cada aspecto positivo e negativo, de como ela foi manipulada e conduzida ao longo de milhares de anos, os propósitos dessa manipulação, revelando um pouco da verdade por trás disso tudo.

E quando se trata de sexualidade e religião, estamos falando de duas coisas que sempre se comportaram como água e óleo: nunca se misturaram!  Ou, melhor dizendo, nunca se entenderam.  Mas estamos caminhando agora para um futuro onde isso tudo vai mudar.


Nosso corpo foi construído para sentir prazer de várias formas, seja se alimentando, ouvindo música, dançando, abraçando, beijando.  E o grande propósito disso se resumia a garantir a sobrevivência da espécie, uma vez que ninguém iria deixar de fazer algo que fosse prazeroso, que lhe desse plena satisfação e alegria.  Ninguém deixaria de comer uma vez que essa se constituísse uma atividade que lhe garantisse felicidade.

O Ser Humano foi projetado para ser feliz, para encontrar felicidade em qualquer atividade que lhe garantisse a vida, e isso certamente sempre incluiu o sexo, a união do masculino com o feminino com o intuito da reprodução, da perpetuação da espécie.  Logo, a união dos sexos sempre constituiu algo sagrado, Divino!

Então por que considerar algo de ordem Divina um pecado?

Para a religião católica principalmente, o sexo sempre foi considerado algo proibido, um pecado em sua essência.  Algo sujo, condenável.  E todas as outras religiões que se seguiram ao catolicismo acompanharam essa tendência de repressão a qualquer atividade sexual.  Mesmo o Budismo considera o sexo um “desperdício de energia”!

Mas por quê?

Uma das razões seria uma tentativa da igreja de manter o controle sobre a reprodução de toda a população mundial, uma vez que incutindo medo e culpa ao ato sexual levaria as pessoas a temer o ato em si.  Afinal de contas, ninguém queria queimar no fogo do inferno por estar tendo prazer sem a autorização de Deus!  E assim a igreja instituiu o casamento e o batismo, não só com o intuito de controlar as relações humanas, mas também como uma forma de ganhar dinheiro, cobrando pelas cerimônias.

A verdade é que a dita “Santa Igreja Católica”, e qualquer outra forma de controle religioso, independente de qual corrente religiosa pertença, sempre foi um empreendimento, um governo em si, que durante muitos anos exerceu controle sobre as vidas das pessoas, usando a fé e a ignorância do povo mundial para controlar suas vidas, uma vez que eles eram a autoridade máxima, os únicos que poderiam representar Deus na Terra, através de seus representantes treinados e certificados pelo Vaticano, seja pelo Santo Papa, a autoridade máxima religiosa católica, ou qualquer outra autoridade de igreja, seja ela evangélica, luterana, batista, etc..  Sempre alegaram fazer tudo em nome de Jesus, mas este nunca foi devidamente representado neste planeta.  Afinal de contas, devemos considerar que o próprio Jesus de Nazaré desafiava e questionava os sacerdotes de sua época, denunciando toda a hipocrisia do meio, com todos os seus rituais e leis.

Mas sempre houve outro lado da moeda, que explica melhor toda a razão dessa dominação e controle pelas Igrejas e Religiões.

O Tantra, uma antiga filosofia surgida na Índia a mais de cinco mil anos atrás, já cuidava de tratar o sexo de outra forma.  Essa filosofia nos diz que a vida é feita de energia, e que essa energia não deve ser reprimida, mas conduzida, e deve fluir livremente.  Todos nós somos parte dessa energia que existe a nossa volta, e a filosofia nos ensina a fazer uso dessa energia, a contemplá-la e usufruí-la!  Trata-se de uma filosofia que prega a nossa unicidade com a grande Fonte criadora, Deus Pai e Deusa Mãe, tratando a grande Divindade como dois polos de uma mesma força criadora, mas que são necessários para garantir a criação.  Uma vez que somos todos energia, e vivemos em conjunção com a grande Fonte criadora, é claro que somos Deuses em sua concepção, pois existimos para sermos instrumentos da grande criação universal, e isso certamente inclui os rituais sexuais!  Logo, o sexo é visto de uma forma em que, de acordo com o direcionamento dado a energia sexual em um intercurso masculino/feminino, isso pode conduzir a um contato direto com a Fonte.  Portanto, de acordo com a filosofia Tântrica, o sexo é uma expressão de religiosidade, e o orgasmo, sendo uma expressão da energia Kundalini, é algo sagrado que nos conecta diretamente com a Divindade.

Ora, é óbvio que a Igreja, para garantir seu controle sobre a população mundial e manipulá-la como deveria, não poderia permitir uma expressão livre da sexualidade como essa, uma vez que isso garantiria a morte de toda a instituição da Santa Igreja Católica!  Afinal de contas, se podemos ter contato direto com Deus, mesmo dentro da expressão da nossa própria sexualidade, para que serve a Igreja?!

E é isso que está sendo resgatado agora para a Nova Humanidade da Nova Era que se inicia. Ela atualmente passa por um processo de despertar, onde todos estão finalmente compreendendo que Deus se encontra dentro de cada um de nós, e não externamente, e a sexualidade humana começará a ter sua expressão sagrada resgatada de forma plena e total.

Para concluir, vale dizer também que essa expressão sagrada da sexualidade humana vale para heterossexuais, homossexuais, bissexuais e qualquer outra categoria de relacionamento sexual, seja humano ou não, que venha a existir no futuro.  Pois a verdade é que essa grande energia da qual trata a filosofia Tântrica tem um nome, e se chama “Amor Incondicional”!  O Universo é todo formado pela grande energia do Amor, e isso é tudo que importa para a Grande Criação.