Liberdade. Eis um conceito que nunca foi plenamente
compreendido pela humanidade.
Afinal de contas, o que é ser
livre em um mundo que nos controla o tempo todo? Quem pode verdadeiramente dizer que é pleno
conhecedor da liberdade?
"Eu sou livre! Tenho meu carro, minha casa, minha vida
profissional, sou bem sucedido, não preciso de ninguém."
Será? Será que você pode deixar
de pagar o IPVA do seu carro, um ano que seja?
Será que você continuará tendo o seu carro, se simplesmente não pagar
mais esse IPVA? E o financiamento? Se deixar de pagar as prestações do carro,
você ainda poderá mantê-lo?
E sua casa, ou seu
apartamento? Você pode ficar sem pagar o
IPTU? E o financiamento desse
apartamento? "Ah, mas eu moro de aluguel!" Se você deixar de pagar o aluguel um mês que
seja, o que acontece? E se deixar de
pagá-lo definitivamente?
E na sua vida profissional? Mesmo sendo já um chefe, um gerente, você não
vai ter que seguir as regras da empresa?
Você pode desrespeitar, ou mesmo desobedecer seu chefe? Se deixar a produtividade cair, você vai
receber seu bônus? E aquela promoção
prometida? Por quê que ela nunca vem? Você não "segue" as regras à
risca? E seus subordinados, são mesmo
subordinados? Você também não é cobrado
de mantê-los escravizados também? Você
não é escravo dessa regra?
"Ao menos eu não sou casado,
posso me relacionar com quem eu quiser!"
É isso que você chama de
liberdade? Não existem regras para um
flerte bem sucedido? E se não der certo,
você "ganha" a sua presa? Ou
será que vai ser mais uma noite sem sexo?
E mesmo que consiga, pois você é um conquistador infalível, será que vai
se satisfazer? Pode se satisfazer
naquela noite, mas e na noite seguinte?
Nova caça, nova conquista. Isso
não é um vício? Esse poder de conquista
vicia! Isso não é ser escravo de um
vício?
Mas vou mais além...
Na manhã seguinte você acordou se
sentindo estranho. Digamos que isso
aconteça dois dias depois de você ter se relacionado com aquela mulher
maravilhosa que você conheceu numa boate, tiveram uma química imediata, saíram
para um motel para aquela noite de sexo inesquecível. Tudo bem para vocês, não havia intenção de
compromisso, cada um foi para suas respectivas casas. Mas ela amanheceu revoltada com a vida,
reclamando de tudo e de todos, o que todo mundo no trabalho dela estranhou, já
que ela sempre foi uma pessoa super alto astral, super doce, e estava totalmente
diferente naquele dia. E você acordou mais
calmo, mais alegre, um tanto quanto otimista, o que todo mundo no trabalho
estranhou, já que normalmente você vive reclamando do seu salário, do quanto
não é reconhecido. Claro que já teve
gente pensando "Ele ta apaixonado!
Só pode!" Mas você nem sabe
o número do telefone dela, e nem tem mais como saber. Claro que você pensa nela! Mas e agora?
Como encontro ela de novo?
A troca de energia é inevitável,
e a cada nova investida, cada nova relação sexual "casual", mais
energia é trocada, e com o tempo você nota que está se sentindo cada vez mais
deprimido, com um sentimento de vazio que para você é inexplicável, já que você
sempre foi cheio de vida, mas o emaranhado de energias é tão grande, que você já
não sabe mais quem você é. Você se vê
preso a esse emaranhado que você nem sabe explicar como se originou, mas não
consegue se livrar disso. E continua doido
para sair e encontrar alguma nova pessoa para uma nova experiência! "Acho que eu só preciso de sexo para
melhorar!"
Essa pessoa é livre?
Promiscuidade nunca foi sinônimo
de liberdade, já que a cada nova relação sexual "casual", um novo
laço energético é criado com aquela pessoa, mesmo que não haja envolvimento
amoroso algum, mas aquilo vai permanecer contigo ainda por muito tempo.
"Quanto tempo?"
Dias. Meses.
Anos. Uma vida inteira,
talvez? Estamos considerando pessoas que
são viciadas nesse tipo de emaranhado de energia. Quanto mais, melhor! E isso vicia.
E isso escraviza. Os
extrovertidos, em particular, são os mais suscetíveis a isso, já que eles se
alimentam das energias do ambiente e das pessoas a sua volta. Para eles, isso é algo indispensável, e ficam
enlouquecidos se deixam de sair uma noite sequer, de qualquer fim de semana.
Já os introvertidos não sentem
essa necessidade, mas no mundo em que vivemos, ser introvertido parece ser
doente. "Qual o seu problema? Tem que sair, tem que aproveitar a
vida!" Só que os introvertidos são
doadores de energia, e um ambiente desses lhes deixa totalmente esgotados e sem
energia. E a única forma de se
recarregar é ficando sozinhos, eles precisam disso. No geral não são dados a promiscuidade, pois
sabem que são emotivos demais para simplesmente se relacionar sexualmente e
fazer de conta que nada aconteceu na noite anterior. São seres empáticos, isso não tem como
funcionar com eles.
Mas a promiscuidade foi uma
criação, uma propaganda da mídia de convencer as pessoas de que sexo é
saudável, é instintivo, é essencial, é básico e é vida, e todos devem
satisfazer suas necessidades. "Só
lembrem-se de usar camisinha!" A indústria
de camisinhas agradece o apoio, eles também tem contas a pagar. Ah, e a indústria de bebidas, os DJs de
boate, os donos de boate, toda uma infra-estrutura já criada para alimentar a
promiscuidade.
Sexo é necessidade, todos
precisam disso!
Mas fora a discussão de todo o
sistema que já foi montado para suportar isso, temos também a questão do ego de
cada um. A mídia já ensinou a todo
mundo, e os psicólogos assinam embaixo, de que "amor" machuca. Portanto, todos devem se proteger de se
machucarem de novo e evitar os relacionamentos afetivos estáveis. Relacionamentos casuais são mais saudáveis,
ninguém se machuca nisso. "Só não
se esqueçam da camisinha, ta? Pensem nos
outros! Pensem nos trabalhadores da
indústria de camisinhas, eles agradecem!"
Eu tenho um outro nome para
"EGO". Chama-se MEDO. Proteger o ego é ter muito medo. Qualquer senso de proteção denota medo. Sempre fomos mantidos vibrando bem baixo nas
energias do medo, e isso sempre foi proposital.
E afinal de contas, a mídia também já convenceu todo mundo de que
"amor" é possuir alguém, portanto protejam-se disso!
Isso nunca foi Amor, mas
apego. E sim, isso é ruim! Acaba com a liberdade de ser de cada um.
Mas o que é liberdade mesmo? Alguém é livre aqui nessa história?
"Não! Hoje a coisa é diferente! Hoje nós temos o Poliamor, onde nós temos a
liberdade de amar quem nós quisermos amar, e isso é Amor!" Tem certeza?
Amor por quem? Será que você ta tendo Amor pela pessoa
certa? E digamos que você tenha de fato
afeto pelas pessoas com quem você se relaciona sexualmente. Vocês respeitam a liberdade de cada um de se
relacionarem com outras pessoas, até apóiam isso! Acham lindo ver a pessoa que vocês amam
amando outras pessoas. Isso é altruísta,
não é isso?
E as energias? Quantas energias você acha que já absorveu
nessa história? Quantas
"vidas" já estão entrelaçadas às suas? Tem certeza que você conhece todas as
pessoas, cujas vidas já estão entrelaçadas com a sua? E quem é você, realmente? Será que você ainda consegue responder essa
pergunta? Porque a essa altura do
campeonato, o João já está misturado com a Maria, a Claudia, o Roberto, o
Ricardo, a Andréia, a Úrsula... Será que a Úrsula é mulher mesmo?
Mas não se esqueçam da camisinha!
Sei que estou sendo enormemente
sarcástico nesse texto, mas acho que o tema é de fato difícil, e estou só
tentando torná-lo mais "palatável".
A verdade é que Amor, esse com "A" maiúsculo, energia universal,
nunca foi "O" problema, mas a "distorção" desse sentimento
é que foi, e isso foi mais uma lavagem cerebral patrocinada pelo sistema, que
sempre se aproveitou dessa situação toda, e sempre visou "cultivar e sugar"
nossa energia sexual para consumo dos Reptilianos, que já foram abordados em
textos anteriores. Toda a estrutura montada
de bares, boates, motéis, tudo que faz movimentar as noites de qualquer cidade
no mundo foi projetado para desequilibrar nossa energia sexual, que é sagrada,
e extraí-la para a alimentação desses seres.
A escravização foi promovida de
todas as formas, como também já foi abordado em textos anteriores, e não há
absolutamente nenhuma diferença entre promiscuidade e poliamor.
OSHO, o grande filósofo indiano
deixava bem claro que a verdadeira liberdade está na solidão, em estar de bem
consigo mesmo, amando a si mesmo, preservando sua própria energia, que é única
e singular. Amor é a nossa essência,
portanto quando cedemos ao medo de amar, estamos na verdade bloqueando nossa
própria essência, e isso sempre nos trás conseqüências. A depressão talvez seja a maior delas.
Os períodos de celibato entre
relacionamentos são necessários para re-estabelecermos nosso equilíbrio
energético, e constitui uma preparação para o próximo relacionamento a ser
adotado, e que servem pura e simplesmente para o nosso crescimento e
evolução. E claro, para manter a energia
amorosa sempre fluindo! Mas basta
fazermos essa troca com uma pessoa apenas.
Se existe alguma coisa de errado,
que verdadeiramente pode barrar a nossa evolução espiritual e sexual, isso se
chama "Casamento". Que nessa "Nova
Era" que se inicia (Muitos já disseram que esse termo está batido, mas
gosto de usá-lo de qualquer forma), os casamentos sejam instituídos pura e
simplesmente pelos laços do Amor, pelo coração, e não por leis, pois nunca
precisamos verdadeiramente delas, enquanto seres luminosos e Divinos que
somos. E que esse relacionamento dure o
tempo que tiver que durar, pois a única coisa que é, e sempre será eterna, é a
nossa existência.