sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Poliamor e Promiscuidade

Liberdade.  Eis um conceito que nunca foi plenamente compreendido pela humanidade.

Afinal de contas, o que é ser livre em um mundo que nos controla o tempo todo?  Quem pode verdadeiramente dizer que é pleno conhecedor da liberdade?

"Eu sou livre!  Tenho meu carro, minha casa, minha vida profissional, sou bem sucedido, não preciso de ninguém." 

Será? Será que você pode deixar de pagar o IPVA do seu carro, um ano que seja?  Será que você continuará tendo o seu carro, se simplesmente não pagar mais esse IPVA?  E o financiamento?  Se deixar de pagar as prestações do carro, você ainda poderá mantê-lo?

E sua casa, ou seu apartamento?  Você pode ficar sem pagar o IPTU?  E o financiamento desse apartamento?  "Ah, mas eu moro de aluguel!"  Se você deixar de pagar o aluguel um mês que seja, o que acontece?  E se deixar de pagá-lo definitivamente?

E na sua vida profissional?  Mesmo sendo já um chefe, um gerente, você não vai ter que seguir as regras da empresa?  Você pode desrespeitar, ou mesmo desobedecer seu chefe?  Se deixar a produtividade cair, você vai receber seu bônus?  E aquela promoção prometida?  Por quê que ela nunca vem?  Você não "segue" as regras à risca?  E seus subordinados, são mesmo subordinados?  Você também não é cobrado de mantê-los escravizados também?  Você não é escravo dessa regra?



"Ao menos eu não sou casado, posso me relacionar com quem eu quiser!"

É isso que você chama de liberdade?  Não existem regras para um flerte bem sucedido?  E se não der certo, você "ganha" a sua presa?  Ou será que vai ser mais uma noite sem sexo?  E mesmo que consiga, pois você é um conquistador infalível, será que vai se satisfazer?  Pode se satisfazer naquela noite, mas e na noite seguinte?  Nova caça, nova conquista.  Isso não é um vício?  Esse poder de conquista vicia!  Isso não é ser escravo de um vício? 

Mas vou mais além...

Na manhã seguinte você acordou se sentindo estranho.  Digamos que isso aconteça dois dias depois de você ter se relacionado com aquela mulher maravilhosa que você conheceu numa boate, tiveram uma química imediata, saíram para um motel para aquela noite de sexo inesquecível.  Tudo bem para vocês, não havia intenção de compromisso, cada um foi para suas respectivas casas.  Mas ela amanheceu revoltada com a vida, reclamando de tudo e de todos, o que todo mundo no trabalho dela estranhou, já que ela sempre foi uma pessoa super alto astral, super doce, e estava totalmente diferente naquele dia.  E você acordou mais calmo, mais alegre, um tanto quanto otimista, o que todo mundo no trabalho estranhou, já que normalmente você vive reclamando do seu salário, do quanto não é reconhecido.  Claro que já teve gente pensando "Ele ta apaixonado!  Só pode!"  Mas você nem sabe o número do telefone dela, e nem tem mais como saber.  Claro que você pensa nela!  Mas e agora?  Como encontro ela de novo?

A troca de energia é inevitável, e a cada nova investida, cada nova relação sexual "casual", mais energia é trocada, e com o tempo você nota que está se sentindo cada vez mais deprimido, com um sentimento de vazio que para você é inexplicável, já que você sempre foi cheio de vida, mas o emaranhado de energias é tão grande, que você já não sabe mais quem você é.  Você se vê preso a esse emaranhado que você nem sabe explicar como se originou, mas não consegue se livrar disso.  E continua doido para sair e encontrar alguma nova pessoa para uma nova experiência!  "Acho que eu só preciso de sexo para melhorar!"

Essa pessoa é livre?

Promiscuidade nunca foi sinônimo de liberdade, já que a cada nova relação sexual "casual", um novo laço energético é criado com aquela pessoa, mesmo que não haja envolvimento amoroso algum, mas aquilo vai permanecer contigo ainda por muito tempo. 

"Quanto tempo?"

Dias.  Meses.  Anos.  Uma vida inteira, talvez?  Estamos considerando pessoas que são viciadas nesse tipo de emaranhado de energia.  Quanto mais, melhor!  E isso vicia.  E isso escraviza.  Os extrovertidos, em particular, são os mais suscetíveis a isso, já que eles se alimentam das energias do ambiente e das pessoas a sua volta.  Para eles, isso é algo indispensável, e ficam enlouquecidos se deixam de sair uma noite sequer, de qualquer fim de semana.

Já os introvertidos não sentem essa necessidade, mas no mundo em que vivemos, ser introvertido parece ser doente.  "Qual o seu problema?  Tem que sair, tem que aproveitar a vida!"  Só que os introvertidos são doadores de energia, e um ambiente desses lhes deixa totalmente esgotados e sem energia.  E a única forma de se recarregar é ficando sozinhos, eles precisam disso.  No geral não são dados a promiscuidade, pois sabem que são emotivos demais para simplesmente se relacionar sexualmente e fazer de conta que nada aconteceu na noite anterior.  São seres empáticos, isso não tem como funcionar com eles.

Mas a promiscuidade foi uma criação, uma propaganda da mídia de convencer as pessoas de que sexo é saudável, é instintivo, é essencial, é básico e é vida, e todos devem satisfazer suas necessidades.  "Só lembrem-se de usar camisinha!"  A indústria de camisinhas agradece o apoio, eles também tem contas a pagar.  Ah, e a indústria de bebidas, os DJs de boate, os donos de boate, toda uma infra-estrutura já criada para alimentar a promiscuidade.

Sexo é necessidade, todos precisam disso!

Mas fora a discussão de todo o sistema que já foi montado para suportar isso, temos também a questão do ego de cada um.  A mídia já ensinou a todo mundo, e os psicólogos assinam embaixo, de que "amor" machuca.  Portanto, todos devem se proteger de se machucarem de novo e evitar os relacionamentos afetivos estáveis.  Relacionamentos casuais são mais saudáveis, ninguém se machuca nisso.  "Só não se esqueçam da camisinha, ta?  Pensem nos outros!  Pensem nos trabalhadores da indústria de camisinhas, eles agradecem!"

Eu tenho um outro nome para "EGO".  Chama-se MEDO.  Proteger o ego é ter muito medo.  Qualquer senso de proteção denota medo.  Sempre fomos mantidos vibrando bem baixo nas energias do medo, e isso sempre foi proposital.  E afinal de contas, a mídia também já convenceu todo mundo de que "amor" é possuir alguém, portanto protejam-se disso! 

Isso nunca foi Amor, mas apego.  E sim, isso é ruim!  Acaba com a liberdade de ser de cada um.

Mas o que é liberdade mesmo?  Alguém é livre aqui nessa história?

"Não!  Hoje a coisa é diferente!  Hoje nós temos o Poliamor, onde nós temos a liberdade de amar quem nós quisermos amar, e isso é Amor!"  Tem certeza?

Amor por quem?  Será que você ta tendo Amor pela pessoa certa?  E digamos que você tenha de fato afeto pelas pessoas com quem você se relaciona sexualmente.  Vocês respeitam a liberdade de cada um de se relacionarem com outras pessoas, até apóiam isso!  Acham lindo ver a pessoa que vocês amam amando outras pessoas.  Isso é altruísta, não é isso?

E as energias?  Quantas energias você acha que já absorveu nessa história?  Quantas "vidas" já estão entrelaçadas às suas?  Tem certeza que você conhece todas as pessoas, cujas vidas já estão entrelaçadas com a sua?  E quem é você, realmente?  Será que você ainda consegue responder essa pergunta?  Porque a essa altura do campeonato, o João já está misturado com a Maria, a Claudia, o Roberto, o Ricardo, a Andréia, a Úrsula... Será que a Úrsula é mulher mesmo?

Mas não se esqueçam da camisinha!

Sei que estou sendo enormemente sarcástico nesse texto, mas acho que o tema é de fato difícil, e estou só tentando torná-lo mais "palatável".  A verdade é que Amor, esse com "A" maiúsculo, energia universal, nunca foi "O" problema, mas a "distorção" desse sentimento é que foi, e isso foi mais uma lavagem cerebral patrocinada pelo sistema, que sempre se aproveitou dessa situação toda, e sempre visou "cultivar e sugar" nossa energia sexual para consumo dos Reptilianos, que já foram abordados em textos anteriores.  Toda a estrutura montada de bares, boates, motéis, tudo que faz movimentar as noites de qualquer cidade no mundo foi projetado para desequilibrar nossa energia sexual, que é sagrada, e extraí-la para a alimentação desses seres.

A escravização foi promovida de todas as formas, como também já foi abordado em textos anteriores, e não há absolutamente nenhuma diferença entre promiscuidade e poliamor.

OSHO, o grande filósofo indiano deixava bem claro que a verdadeira liberdade está na solidão, em estar de bem consigo mesmo, amando a si mesmo, preservando sua própria energia, que é única e singular.  Amor é a nossa essência, portanto quando cedemos ao medo de amar, estamos na verdade bloqueando nossa própria essência, e isso sempre nos trás conseqüências.  A depressão talvez seja a maior delas.

Os períodos de celibato entre relacionamentos são necessários para re-estabelecermos nosso equilíbrio energético, e constitui uma preparação para o próximo relacionamento a ser adotado, e que servem pura e simplesmente para o nosso crescimento e evolução.  E claro, para manter a energia amorosa sempre fluindo!  Mas basta fazermos essa troca com uma pessoa apenas.


Se existe alguma coisa de errado, que verdadeiramente pode barrar a nossa evolução espiritual e sexual, isso se chama "Casamento".  Que nessa "Nova Era" que se inicia (Muitos já disseram que esse termo está batido, mas gosto de usá-lo de qualquer forma), os casamentos sejam instituídos pura e simplesmente pelos laços do Amor, pelo coração, e não por leis, pois nunca precisamos verdadeiramente delas, enquanto seres luminosos e Divinos que somos.  E que esse relacionamento dure o tempo que tiver que durar, pois a única coisa que é, e sempre será eterna, é a nossa existência.